Se ontem já nos doía o corpo, hoje o corpo sofria. Acordámos com algumas dificuldades e seguimos para a Casa Central (passando ainda pela farmácia para presenciarmos o que está no último “post”).
Treinámos logo com o Mestre Abair e revimos as nossas pumsaes ao detalhe. Foi um treino muito importante e útil para nós pois revimos os pequenos “truques” que fazem a diferença na técnica.
O único problema foi o cansaço que se tem acumulado. As pernas estão duras como pedra devido ao excesso de treino muscular e o resto do corpo está tenso e seco. Precisa de descanso.
Após uma hora e meia de treino, muito desequilíbrio e alguma frustração, acabámos o treino e fomos para o balneário. Entretanto, o Mestre sabia que queríamos ver o jogo de Portugal por isso foi tentar mudar a hora do treino da tarde com o Chief Master G.K.Lee.
Cinco minutos depois já estávamos equipados de dobok a treinar com o Chief Master.
Penso que nenhum de nós já se consegui sequer mexer com naturalidade!
O que vale é que o Chief Master G.K.Lee nos apanhou a fazer Tai-Chi e isso criou logo uma empatia especial entre nós. Ele sentiu a matéria que nos faz e gostou.
Mandou-nos sentar e ensinou.
Mostrou-nos 5 estilos diferentes de Tai-Chi, explicou-nos pormenores fascinantes das artes marciais chinesas e coreanas, contou-nos histórias e ensinou-nos técnicas aparentemente básicas mas verdadeiramente potentes. Falou-nos, também, das diferentes funções do Chi e do Ki e da importância de se treinar as artes marciais interiores.
Pratica Tai-chi há mais de 25 anos e já viajou o mundo para aprender.
Hoje aprendi a fazer uma defesa baixa, aprendi a função do braço que não dá o golpe. Depois explico.
O Mestre G.K.Lee é o verdadeiro Mestre tradicional, aquele que se imagina e idealiza. Homem sábio, baixo mas forte que nem rocha, transmitindo um conhecimento interminável e profundo.
Quando o Mestre falava, trazia o Oriente todo consigo.
No final todos estávamos arrepiados.
Portugal no Mundial
16 years ago
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